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Os perigos da cirurgia LASIK

Figura 1
NOTA PRÉVIA : Se você fez cirurgia LASIK ou qualquer outra intervenção cirúrgica, tem toda a vantagem em fazer ginástica visual.

Conforme podemos observar na figura 1 , os olhos míope (dificuldade de ver ao longe) e o olho hipermatrope (dificuldade de ver ao longe) são ligeiramente deformado em relação ao olho normal, e as imagens - o ponto focal - formam-se em lugares afastados da retina.


No olho míope a iamgem form-se antes da retina, e no hipermatrope atrás da mesma.


Figura 2
Na figura 2, podemos ver também  o que acontece  no astigmatismo.
Observe-se os diferentes tipos de lentes que a oftalmologia convencional usa para corrigir.

No caso do astigmatismo  há uma distorção em que o ponto focal varia em relação à retina. A imagem se forma de modo não linear em relação à distância com a retina, ao contrária das situação de miopia e hipermetropia.

Note-se ainda na figura 2, como recebemos a imagem invertida, e é por uma adaptação do nosso cérebro que conseguimos ver a imagem real. Faço esta observação para que o leitor/a entenda que o cérebro é plástico,  tal como todo o sistema visual, e que essa plasticidade está na base do sucesso da ginástica visual.

Figura 3
Observemos ainda a figura 3, outra imagem esclarecedor do astigmatismo onde se pode observar que a imagem pode ter múltiplos pontos focais, à frente e atrás da retina.


Na figura 4, temos agora a comparação sobreposta de um olho normal com a de um olho míope. Este é mais longo que o normal. Ao colocar-se uma lente correctiva da refracção, o olho permanece deformado, exercendo sempre pressão constante sobre a retina.

Então podemos entender porque é que ser-se míope pode provocar descolamentos da retina. 

Figura 4
Abordemos agora outro caso que é o Ceratocone AQUI desenvolvido, mas cuja deformação está descrita na figura 5: Como se pode observar é uma deformação da córnea, a qual pode ser desconfortável, para além de distorcer a percepção da visual. Em inglês o termo usado é Keratoconus, e lens é em Portugês o cristalino.
Figura 5



A cirurgia LASIK  (laser-assisted in situ keratomileusis) pode ser uma solução para muitos destes casos. Contudo não é isenta de riscos. A net possui diversos artigos pesquisáveis sobre esta matéria, mas sublinhamos os quatro problemas mais graves que daí podem resultar.

1) Como se trata de uma intervenção na córnea, a pessoa pode contrair Ceratone, seja por mau procedimento da cirurgia seja por complicações pós-cirúrgicas.  O ceratocone conduz ao astigmatismo.

2) Torna-se difícil ou impossível medir a pressão ocular, numa córnea intervencionada. A pressão ocular é um processo que permite diagnosticar o glaucoma, e quem fez LASIK fica sem a possibilidade desse diagnóstico.

E porque se trata de uma intervenção extremamente agressiva para o olho, no longo prazo, 10 a 15 ou mais anos pode acontecer ainda

3) O surgimento de cataratas: opacoficação do cristalino
4) Degeneração da mácula.
5) Descolamento de retina

As complicações menores podem ainda ser diversas, como olhos secos, fotofobia (sensibilidade à luz), astigmatismo, halos luminosos e diversos efeitos ópticos que perturbam e distorcem a visão. Pode acontecer também que uma cirurgia não seja suficiente para a correcção desejada,  e que no longo prazo a pessoa adquira o mesmo problema refractivo.

São conhecidos diversos casos em que pessoas míopes após vários anos voltaram a ficar míopes.

Uma das leitoras do meu facebook "A Saúde da Visão por Métodos Naturais" escreveu que reduziu de 20 dioptrias para umas escassas 2. Feizmente e aparentemente sem complicações. Ainda assim chamo  atenção para a necessidade de fazer ginástica visual, não só para manter a visão recuperada como para impedir as cataras e/ou a degeneração macular. 

Para um pessoa de idade pode também justificar-se um intervenção uma vez que poderá não viver o tempo suficiente para contrair cataras ou degeneração macular, e poderá usufruir os últimos anos da sua vida com melhor visão.

Tudo isto dito quero sublinhar que para começar ninguém precisaria de começar esta espiral descendente que é o usar óculos/lentes de contacto com graduação cada vez maior.

A ginástica visual é um processo de manter ou corrigir a visão nas suas diversas componentes do sistema visual. 

Para ilustrar melhor o meu ponto de vista imagine que torceu ou mesmo partiu um pé, e que o seu médico lhe diz que terá de usar uma bengala para o resto da vida. Felizmente que todos sabemos que a fisioterapia pode regenerar os tecidos músculo-esqueléticos.
Decerto que não aceitaria usar uma bengala para o resto da vida e iria procurar modo de reabilitar o seu pé.

Então porque é que quando começamos a ter problemas de visão temos de aceitar esta triste condição que é ter de usar óculos, ou lenes de contacto para o para o resto da vida?

Não faz sentido, e muito menos faz quando sabemos que existe uma fisioterapia para o sistema visual.

Nota final: temos insistido bastante neste blogue sobre a importância da radiação UV para o sistema visual e até para a saúde de modo geral. No link acima sobre o Ceratocone é exposta uma terapia baseada em UV para a correção desse problema. Consiste em aplicar Riboflavina (vitamina B2) sobre a córnea e a seguir submetê-la a radiação UV.

Da ginástica visual fazem justamente parte exercícios para captação dos UVs.



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